Inteligência Artificial Preserva o Legado: Como a Hitachi Digitaliza o Conhecimento Tácito de Seus Veteranos

Descubra como a Hitachi utiliza inteligência artificial generativa para capturar e replicar a experiência de seus técnicos veteranos, reduzindo o tempo de resposta em manutenções críticas e preservando um valioso conhecimento tácito.

Imagine a riqueza de uma vida inteira dedicada a uma profissão, acumulando não apenas procedimentos e manuais, mas aquela intuição aguçada, os “atalhos” descobertos após anos de prática, a sensibilidade para detectar um problema antes que ele se manifeste por completo. Esse é o conhecimento tácito, um tesouro inestimável que reside na mente e nas mãos dos profissionais mais experientes. É o tipo de sabedoria que não se encontra facilmente em livros ou bancos de dados convencionais. Com o envelhecimento da força de trabalho em muitas indústrias, a preocupação com a perda desse legado ao longo das gerações tornou-se uma questão urgente. Como garantir que essa experiência valiosa não se dissipe com a aposentadoria dos veteranos? A resposta, cada vez mais, aponta para a fusão da sabedoria humana com a capacidade de processamento da inteligência artificial, abrindo caminhos inovadores para a preservação e transferência desse saber essencial.

A Era da Digitalização do Saber: Hitachi Lidera com Inteligência Artificial

A inteligência artificial, particularmente em sua vertente generativa, está pavimentando novas avenidas para lidar com desafios complexos que antes pareciam intransponíveis. Um desses desafios, crucial para indústrias que dependem de operações contínuas e eficientes, é a captura e disseminação do conhecimento tácito. A Hitachi, gigante global com vasta experiência em manufatura e infraestrutura, está na vanguarda dessa aplicação, utilizando a inteligência artificial para replicar a expertise sutil e acumulada de seus técnicos de manutenção mais experientes.

Esta iniciativa não é apenas um avanço tecnológico; é uma estratégia fundamental para garantir a continuidade operacional, a eficiência e a competitividade em um cenário global em constante mudança. O conhecimento tácito, por sua própria natureza, é difícil de ser formalizado. Ele se manifesta em insights rápidos, em diagnósticos baseados em anos de observação, em soluções criativas para problemas inesperados. A capacidade da inteligência artificial generativa de processar linguagem natural, identificar padrões em vastos conjuntos de dados (incluindo transcrições de conversas, notas de campo, relatórios informais) e até mesmo simular diálogos interativos, torna-a uma ferramenta poderosa para desvendar e organizar essa forma de saber.

A abordagem da Hitachi reconhece que, enquanto manuais e procedimentos documentam o “como”, o conhecimento tácito explica o “porquê”, o “quando” e o “melhor jeito” em situações reais e muitas vezes não padronizadas. Ao integrar a inteligência artificial nesse processo, a empresa busca criar um repositório dinâmico e acessível dessa expertise, tornando-a disponível para técnicos mais jovens e para a otimização de processos em larga escala.

O Caso de Sucesso na Prática: Redução do Tempo de Resposta

Um dos resultados mais tangíveis e promissores da iniciativa da Hitachi é a melhoria significativa na eficiência da resposta a consultas e problemas técnicos. O foco inicial tem sido em áreas críticas como o mau funcionamento de computadores de controle, sistemas essenciais para a operação de diversas instalações industriais e de infraestrutura.

Tradicionalmente, quando um técnico se deparava com um problema complexo ou incomum em um computador de controle, a solução muitas vezes envolvia consultar colegas mais experientes. Essa consulta podia levar tempo, dependendo da disponibilidade do especialista, da clareza da comunicação e da necessidade de o veterano tentar “lembrar” de uma situação semelhante que ele vivenciou no passado. Essas interações, embora valiosas, eram inerentemente limitadas pela escala e pela acessibilidade dos especialistas humanos. O tempo médio para resolver dúvidas ou obter orientações sobre esses mau funcionamentos era de aproximadamente 30 minutos, um período que pode ser crítico em ambientes onde o tempo de inatividade custa caro.

Com a implementação do agente de inteligência artificial treinado com o conhecimento tácito dos veteranos, esse tempo foi drasticamente reduzido. As chamadas ou consultas sobre esses problemas agora levam, em média, cerca de 20 minutos para serem resolvidas. Isso representa uma redução de aproximadamente 30% no tempo de resposta. Embora 10 minutos possam parecer pouco em uma única interação, o impacto cumulativo em uma grande organização com inúmeras consultas diárias é monumental, resultando em ganhos substanciais de produtividade e eficiência operacional. Essa agilidade permite que os técnicos em campo resolvam problemas mais rapidamente, minimizando paralisações e otimizando a utilização de recursos. A capacidade da inteligência artificial de acessar instantaneamente e correlacionar informações de múltiplos veteranos, apresentando a resposta mais relevante e prática, é o diferencial por trás dessa melhoria notável.

Como a Inteligência Artificial Acessa e Replica o Conhecimento Tácito

A captura de conhecimento de veteranos usando inteligência artificial é um processo multifacetado e tecnicamente sofisticado. Não se trata apenas de escanear manuais. A inteligência artificial generativa é utilizada para processar uma variedade de fontes de dados, incluindo:

Entrevistas e Depoimentos: Conversas estruturadas e semi-estruturadas com técnicos experientes são gravadas, transcritas e analisadas. A inteligência artificial identifica insights* chave, padrões de resolução de problemas e explicações informais que revelam o raciocínio por trás de suas ações.

  • Registros de Manutenção Históricos: Análise de relatórios de serviço, notas de campo escritas à mão (se digitalizadas e processadas por OCR), e-mails e outras comunicações que contenham descrições de problemas e soluções aplicadas.
  • Simulações e Cenários Práticos: A inteligência artificial pode ser alimentada com dados de simulações ou observações de técnicos trabalhando em cenários complexos, aprendendo com suas decisões e ações em tempo real ou em ambientes controlados.

Dados de Sensores e Operação: Em alguns casos, a correlação entre dados de performance de equipamentos e as ações tomadas pelos técnicos experientes pode fornecer insights* valiosos que a inteligência artificial pode aprender a reconhecer e replicar.

A inteligência artificial generativa, em particular, é hábil em sintetizar essas informações díspares e criar respostas coerentes e contextualmente relevantes. Ela pode formular explicações em linguagem natural que soam como se viessem de um colega experiente, em vez de uma resposta robótica baseada em palavras-chave. Isso torna a interação com o agente de inteligência artificial mais intuitiva e eficaz para os técnicos que buscam ajuda. A inteligência artificial aprende as nuances da linguagem técnica utilizada pelos veteranos, os jargões específicos, as metáforas e as analogias que eles usam para explicar conceitos complexos. Essa capacidade de “falar a mesma língua” é crucial para a aceitação e a eficácia da ferramenta.

Além da Manutenção: O Potencial da Captura de Conhecimento de Veteranos

Embora a aplicação inicial da Hitachi na manutenção de computadores de controle seja um exemplo poderoso, a captura de conhecimento de veteranos com o auxílio da inteligência artificial tem implicações muito mais amplas para a indústria e além dela. Esta abordagem pode ser replicada em virtualmente qualquer campo onde o conhecimento tácito seja um diferencial.

Na manutenção preditiva, por exemplo, a experiência de um técnico veterano em “sentir” quando uma máquina está prestes a falhar (talvez por um barulho sutil, uma vibração diferente ou um cheiro específico) pode ser correlacionada com dados de sensores e histórico de manutenção. A inteligência artificial pode aprender a reconhecer esses sinais sutis que os sensores por si só talvez não identifiquem como anomalias críticas, combinando a percepção humana aguçada com a capacidade de processamento de dados em larga escala. Isso eleva a manutenção preditiva a um novo patamar, tornando-a mais precisa e proativa.

Outra área de grande potencial é o treinamento baseado em IA. O agente de inteligência artificial que encapsula a sabedoria dos veteranos pode se tornar um tutor virtual para novos funcionários. Em vez de apenas seguir procedimentos escritos, os aprendizes podem interagir com a IA, fazendo perguntas, explorando cenários hipotéticos e recebendo feedback e explicações que refletem a profundidade e a praticidade do conhecimento tácito. Isso pode acelerar drasticamente a curva de aprendizado, tornando a força de trabalho mais qualificada em menos tempo. A IA pode simular interações com equipamentos complexos, apresentar desafios realistas e guiar o aprendiz através do processo de diagnóstico e resolução de problemas, oferecendo insights baseados na experiência de múltiplos especialistas.

Desafios e Considerações Éticas na Captura de Conhecimento de Veteranos

Apesar do enorme potencial, a captura de conhecimento de veteranos via inteligência artificial não está isenta de desafios. Um dos principais é garantir a precisão e a validade das informações capturadas. O conhecimento tácito, por ser subjetivo, pode conter vieses ou ser influenciado por experiências pessoais que nem sempre se aplicam universalmente. É crucial estabelecer métodos rigorosos para validar e refinar os insights obtidos, possivelmente envolvendo a revisão e feedback contínuo dos próprios veteranos ou de outros especialistas.

A questão da privacidade e da segurança dos dados também é fundamental. As informações capturadas podem conter detalhes sobre procedimentos internos, falhas específicas de equipamentos ou até mesmo dados sensíveis sobre as operações da empresa. É imperativo implementar protocolos robustos para proteger essas informações e garantir que a inteligência artificial seja utilizada de forma ética e responsável.

Além disso, há uma dimensão humana e social a considerar. É importante comunicar claramente aos funcionários o propósito dessa iniciativa, garantindo que eles entendam que a inteligência artificial é uma ferramenta para aumentar suas capacidades e preservar o legado da experiência, e não uma ameaça à sua relevância ou segurança no emprego. O envolvimento dos veteranos no processo de captura de conhecimento de veteranos é essencial, não apenas para a qualidade dos dados, mas também para reconhecer e valorizar sua contribuição ao longo dos anos. A transição deve ser vista como uma oportunidade para eles compartilharem sua sabedoria de uma forma que terá um impacto duradouro, e talvez até mesmo para assumirem novos papéis como mentores ou consultores no treinamento da IA.

A complexidade do conhecimento tácito em si também é um desafio. Nem toda intuição ou “feeling” pode ser perfeitamente traduzido em dados ou regras que a inteligência artificial possa processar. Há um elemento de julgamento humano em muitas situações críticas que pode ser difícil, senão impossível, de replicar completamente. A inteligência artificial deve ser vista como um copiloto, um assistente que fornece informações e insights rápidos e precisos, mas a decisão final e a responsabilidade muitas vezes ainda recairão sobre o técnico humano.

O Futuro da Colaboração Humano-IA

A iniciativa da Hitachi na captura de conhecimento de veteranos exemplifica um futuro promissor onde a inteligência artificial não substitui a experiência humana, mas a amplifica e a preserva. Essa colaboração entre a sabedoria acumulada de gerações e a capacidade de processamento e análise da máquina pode desbloquear novos níveis de eficiência, inovação e resiliência organizacional.

Para empresas japonesas, em particular, com uma força de trabalho envelhecida em muitos setores industriais tradicionais, essa abordagem oferece um caminho estratégico para alavancar seus anos de expertise em manufatura e garantir que esse diferencial competitivo não se perca. Ao digitalizar o conhecimento tácito, essas empresas podem não apenas melhorar suas operações atuais, mas também criar uma base sólida para o treinamento baseado em IA das futuras gerações de trabalhadores, assegurando que a manutenção preditiva e outras funções críticas sejam realizadas com a mesma profundidade de insight que caracteriza seus veteranos.

A experiência da Hitachi demonstra que, quando direcionada para desafios humanos reais e baseada em uma compreensão profunda do valor da experiência, a inteligência artificial tem o poder de transformar indústrias, preservar legados e preparar organizações para os desafios do futuro. É um testemunho da capacidade da tecnologia de complementar e amplificar as melhores qualidades humanas.

Impacto e Implicações

A iniciativa da Hitachi tem implicações profundas em diversas esferas. Para as empresas, significa maior eficiência operacional, redução de custos com downtime (tempo de inatividade), melhoria na qualidade das manutenções, maior segurança e a preservação de um ativo intangível valiosíssimo: a memória institucional na forma de conhecimento tácito. Isso confere uma vantagem competitiva significativa, especialmente em indústrias de alta complexidade onde a expertise faz a diferença. Para os funcionários, especialmente os mais jovens, representa acesso a um vasto acervo de experiência prática e a possibilidade de acelerar seu desenvolvimento profissional através do treinamento baseado em IA. Para os veteranos, é um reconhecimento do valor de sua contribuição e a oportunidade de deixar um legado duradouro. Em um nível macro, iniciativas como essa ajudam economias com desafios demográficos a mitigar a perda de habilidades e a manter a produtividade e a inovação. A inteligência artificial, neste contexto, atua como um multiplicador da experiência humana.

Conclusão

A era digital nos apresenta desafios sem precedentes, mas também ferramentas poderosas para superá-los. A captura de conhecimento de veteranos utilizando inteligência artificial, como demonstrado pela Hitachi, é um exemplo brilhante de como a tecnologia pode servir para preservar e disseminar a riqueza da experiência humana. Ao transformar o conhecimento tácito em um recurso acessível e replicável, as empresas podem garantir a continuidade operacional, otimizar processos e capacitar a próxima geração de profissionais com uma profundidade de insight que levaria anos para ser adquirida pelos métodos tradicionais. Este é um passo fundamental na construção de um futuro onde a inteligência artificial e a sabedoria humana trabalham lado a lado, criando sinergias que impulsionam a inovação e a eficiência em todas as esferas da indústria. O que você acha sobre esse tema? Comente abaixo!

Pontos Principais

  • A Hitachi está utilizando inteligência artificial generativa para capturar e replicar o conhecimento tácito de seus técnicos veteranos.
  • Esta iniciativa visa preservar a experiência valiosa que não está em manuais ou procedimentos formais.
  • Um resultado concreto é a redução de aproximadamente 30% no tempo de resposta para consultas sobre mau funcionamento de computadores de controle (de 30 para 20 minutos).
  • A inteligência artificial processa diversas fontes, incluindo entrevistas e registros históricos, para extrair insights* práticos.
  • A captura de conhecimento de veteranos tem potencial para outras áreas, como manutenção preditiva e treinamento baseado em IA.
  • Os desafios incluem a validação da precisão do conhecimento tácito capturado e questões de privacidade e ética.
  • A iniciativa destaca a importância da colaboração entre a inteligência artificial e a experiência humana para o futuro da indústria.

A notícia original que inspirou este artigo está disponível em https://valor.globo.com/empresas/noticia/2025/06/04/hitachi-passa-experincia-de-veteranos-para-agente-de-inteligncia-artificial.ghtml e foi produzida com o apoio de inteligência artificial.

Notícia escrita com ajuda de uma IA.

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